quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Ana Sofia Antunes vai ser a primeira governante cega em Portugal

25 Nov, 2015 - 16:57
Nasceu com deficiência visual e tem dedicado a sua vida à luta pelos direitos dos deficientes.
Ana Sofia Antunes, presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), vai assumir a pasta da Inclusão das Pessoas com Deficiência, tornando-se a primeira governante deficiente invisual em Portugal.
Candidata pelo círculo de Lisboa nas legislativas de Outubro, Ana Sofia Antunes, 34 anos, vai estrear-se no cargo de secretária de Estado, numa área a que tem dado voz, defendendo que “um país que não respeita os seus deficientes não tem respeito por si próprio”.
Nasceu com deficiência visual e tem dedicado a sua vida à luta pelos direitos dos deficientes, nomeadamente na ACAPO, onde assumiu o cargo de presidente em Janeiro do ano passado.
Jurista de profissão, Ana Sofia Antunes exerceu funções de assessoria jurídica na Câmara de Lisboa, colaborando directamente com o Pelouro da Mobilidade, entre 2007 e 2013, período em que António Costa era o presidente da autarquia.
Neste período, adquiriu ainda experiência nas áreas da contratação pública, bem como em matérias conexas com a Mobilidade e a Acessibilidade em meio urbano, assegurando a interacção com os munícipes sempre que as questões apresentadas versassem conteúdos jurídicos.
Em Julho de 2010, assumiu a responsabilidade pelos trabalhos do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, coordenando a Comissão de Acompanhamento e o Painel Consultivo, deste plano.
Três anos depois, transitou para a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), onde é provedora do cliente.
Numa entrevista a um jornal, Ana Cristina Antunes disse que para um cego andar na Assembleia da República não é complicado, mas alertou que, para um cidadão em cadeira de rodas, isso se torna “um problema”, porque o edifício é pouco acessível. Disse ainda que o acesso à informação escrita é o seu maior problema.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Estudantes com Necessidades Educativas Especiais na ULisboa

Curta reportagem que aborda as vivências de estudantes com necessidades educativas especiais no ensino superior.

Para assistir seguir o link:
https://www.youtube.com/watch?v=b0UbLNOFNXc&feature=em-subs_digest-g


Método Fonomímico Paula Teles

Paula Teles, psicóloga educacional, numa entrevista no Jornal da noite da RTP1, explica o método fonomímico por si criado.

Para assistir seguir o seguinte link:
 https://www.youtube.com/watch?v=awqL2wCzFkk&feature=youtu.be


O que torna os professores fortes

No Jornal "O Público" online, David Rodrigues fala sobre "O que torna os professores fortes", homenageando o livro "Le temps des Professeurs", de António Sampaio da Nóvoa, e o qual apresentamos também aqui:

António Sampaio da Nóvoa publicou em 1987 um ensaio notável e seminal sobre “O tempo dos professores” (Le temps des professeurs: analyse socio-historique de la profession enseignante au Portugal (sec. XVIII – XX). Trata-se de um livro de leitura indispensável que, além de traçar a evolução da profissão docente ao longo de 300 anos, mostra como os professores surgiram e como à custa de longos e penosos processos se puderam afirmar como uma classe profissional indispensável ao(s) desenvolvimento(s) humano(s).
Mesmo recentemente não deixaram de aparecer duvidas sobre o carácter imprescindível da profissão de professor. Lembro, por exemplo, que quando surgiram as primeiras e desastradas experiências de introdução das Tecnologias Digitais na Educação, havia teóricos que profetizavam o desaparecimento a curto prazo dos professores porque seriam substituídos (e segundo eles com vantagem) pelos computadores. Dizia-se para anunciar o “admirável mundo novo” dos computadores na Educação que eles eram mais pacientes que os humanos (aqui havia uma incompreensível confusão entre ser paciente e ser repetitivo…), os computadores eram mais disponíveis, mais versáteis, etc.  O certo que cedo se verificou que todas estas vantagens eram inúteis se não existisse um professor que contextualizasse as aprendizagens, que explicasse as suas dificuldades e implicações, um professor, enfim, que falasse humanamente com os alunos.  Assistimos ainda hoje a outras tentativas e subalternizar o papel dos professores. Darei outro exemplo: há países em que as entidades responsáveis pela Educação compram a empresas privadas o currículo, os materiais, os livros e mesmo a supervisão do processo educativo. Este “franchising” educacional leva a que o professor se converta num mero “entregador” do currículo, tendo somente seguir e cumprir rigorosa e atempadamente os planos que a empresa fez para ele. Tem-se chamado a este modelo de “currículo à prova de professor”. Segundo o modelo planeado, o modelo só pode não funcionar se o professor não cumprir obedientemente os ritmos, os conteúdos planeados e não usar os materiais que lhe são fornecidos.
Muito mais exemplos poderiam ser dados de tentativas (felizmente mal sucedidas) de substituir o professor, de acabar este “Tempo dos Professores” com lhe chamou Sampaio da Nóvoa. O facto destes exemplos caricaturais terem sido desmontados não deve esmorecer a nossa vontade de encontrar respostas para a questão de “Como se pode reforçar e valorizar o trabalho dos professores?”
Os últimos anos de governação em Portugal foram um verdadeiro laboratório sobre como retirar relevo e autonomia aos professores. Muitos aspectos se poderiam evocar mas referir-nos-emos a três que nos parecem mais importantes:
Os professores tornam-se mais fortes quando se reforça a autonomia e a possibilidade de gerirem o seu trabalho pedagógico. Isto quer dizer que currículos extraordinariamente extensos e complexos vão “engessar” o professor e retirar-lhe tempo e disponibilidade para usar com os alunos outros métodos que não sejam os estritamente transmissivos. Com currículos destes escasseia tempo para que os alunos aprendam a resolver questões em grupo, para apoiar os alunos que “descolem” da “velocidade de cruzeiro” a que são transmitidos os currículos e não permite qualquer veleidade de interdisciplinaridade ou mesmo de aplicação a contextos reais. A tão criticada opção governamental de reforçar os exames faz parte deste problema: as escolas usam a desculpa dos exames para justificarem práticas ainda mais tradicionais e conservadoras no seu trabalho pedagógico.
Em segundo lugar não se desenvolveram modelos que incentivem, encorajem e recompensem o trabalho cooperativo dos professores. Sabe-se hoje que um professor que trabalhe sozinho tem uma enorme probabilidade de ser incompetente dado que os problemas que se lhe deparam são de tal complexidade que só em colaboração com outros docentes e mesmo outros técnicos é possível encontrar respostas adequadas. A organização da escola, a avaliação dos professores, o modelo de resolução de problemas na escola passa sempre por um professor solitário, e único responsável por assuntos em que na verdade ele não é capaz de resolver sozinho.
Por fim, precisamos de professores apoiados. A formação em serviço precisa de ser reconceptualizada para que possa desempenhar o papel fundamental de inovação e de supervisão do trabalho docente. A formação em serviço tem passado quase sempre ao lado das reais necessidades dos professores e das reais necessidades das escolas. Precisamos de professores apoiados e, assim sendo, fortalecidos para enfrentar os complexos problemas do quotidiano escolar.
Hoje, como antes, estamos - como escreveu Sampaio da Nóvoa - o tempo dos professores. Não dos professores, sozinhos, dos professores sabe-tudo, mas no tempo de uma classe profissional que tem cada vez mais de entender como se convence e seduz os alunos para a importância do conhecimento, da inovação e da pesquisa. Mas também como é que se chega a estes objectivos usando valores e práticas que sejam humanas, solidárias e participativas. É este o tempo presente dos professores.
Presidente da Pró -Inclusão / Associação Nacional de Docentes de Educação Especial,Conselheiro Nacional de Educação
Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-que-torna-os-professores-fortes-1714925?page=-1



sábado, 7 de novembro de 2015

IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Sempre que se fala em Psicomotricidade o primeiro pensamento que vem à mente relaciona-se com a capacidade que o ser humano tem para executar um movimento e, por conseguinte, o desenvolvimento do corpo, muitas vezes associada à prática do desporto e da Educação Física.
Mas, na realidade, a Psicomotricidade é uma ciência que está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas, sendo, deste modo, sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelectoe o afeto.
A psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a consciência se forma e se materializa.
A educação psicomotora é fundamental na vida da criança, e está refletida no histórico de vida do sujeito, podendo observar-se a PARTIR daí, o desenvolvimento da criança, o seu relacionamento com o mundo, a sua interação com as pessoas, a forma como pensa e como atua, expressando as suas sensações e sentimentos, e utilizando o corpo como instrumento rico e significativo para a comunicação.
Este trabalho inicia-se na Educação Infantil, onde as crianças ainda se encontram em fase de experimentações corporais, onde iniciam as descobertas espaciais, temporais e tónicas.
Todas as atividades devem trabalhar as bases psicomotoras, sendo estas: a tonicidade, anoção do corpo, a equilibração, a lateralidade, a estruturação espácio-temporal, a praxia global e a praxia fina. Estas devem ser inseridas e integradas de acordo com a faixa etária.
O desenvolvimento dos fatores psicomotores, permite à criança uma melhoria da postura, da dissociação dos movimentos, da coordenação global dos movimentos, da motricidade fina, do ritmo discriminação táctil, visual e auditivo, da integração das estruturas espaciais e temporais, do aumento da capacidade de atenção e concentração.
A educação psicomotora deve incidir, essencialmente, para crianças até aproximadamente os 7/8 anos de idade, sendo um período fundamental do desenvolvimento infantil, no qual a criança tem necessidade de agir e EXPERIMENTAR para adquirir o conhecimento, favorecendo a maturação psicológica por meio da motricidade, do agir e do brincar, que são a base do desenvolvimento do pensamento.
A Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem pode trabalhar os seguintes fatores, com os seus objetivos:
  • Tonicidade: relaxação ativa e passiva;
  • Equilibração: equilíbrio estático e dinâmico;
  • Noção do corpo: conhecimento do próprio corpo e do corpo de outrem; noções espaciais do próprio corpo e do de outrem; interiorização da imagem corporal; coordenação, caligrafia, leitura harmoniosa, gestual, ritmo de leitura (frase, palavra), imitação, entre outros;
  • Lateralidade: identificação da dominância lateral; reconhecimento da direita e da esquerda; ordenação espacial, direção gráfica, ordem das letras e dos números; discriminação visual; estruturação espácio-temporal; noções espaciais e temporais; estruturação rítmica; perceção visual e auditiva; identificação de ruídos e sons; identificação e combinação de letras e números (modalidades visuais, auditivas e cinestésicas); noções de esquerda e direita, alto e baixo (b / p; n / u; ou / on), dentro e fora (espaço para escrita: progressão/grandeza, classificação/seriação, orientação/cálculos);
  • Praxia global e fina: perturbações do grafismo (motora fina); manipulação / preensão.
No que se refere à aprendizagem da leitura e da escrita, as relações existentes, entre estas e o aumento do potencial psicomotor da criança proporcionam condições favoráveis às aprendizagens escolares.
A aprendizagem da escrita é especialmente, um processo de relação preceptivo-motora, pois os sinais gráficos devem ser transcritos para o papel de forma organizada, seguindo o tempo e o espaço.
Pode-se concluir, portanto, que as contribuições da psicomotricidade na aquisição da pré-escrita estão relacionadas com o domínio do gesto, com a estruturação espacial e a orientação temporal que são os três fundamentos básicos da escrita, os quais supõem: uma direção gráfica (escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita); noções de cima e baixo (n e u); de esquerda e direita e de oblíquas e curvas (g); e noção de antes e depois.
A realização de exercícios de pré-escrita e de grafismo são necessários para a aprendizagem das letras e dos números, com a finalidade de permitir à criança atingir o domínio do gesto e do instrumento, a perceção e a compreensão da imagem a reproduzir. Esses exercícios são desenvolvidos através de atividades puramente motoras ou de grafismo.
“Brincar com a criança não é perder tempo, é ganha-lo; se é triste vê-los sem escola, mais triste ainda é vê-los, sentados e enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do Homem.” Drummond

Como Conversar com uma Criança Autista

Crianças com autismo são únicas e interpretam o mundo de forma diferente, em comparação a outras crianças. Em termos de habilidades sociais e comunicativas, elas mostram diferenças altamente visíveis. Crianças com autismo parecem se valer de uma linguagem própria, implementando um sistema que funciona para elas. Se seu filho foi diagnosticado com autismo, é importante que você aprenda sua linguagem, a fim de se comunicar adequadamente com ele.

Para conhecer melhor os três métodos, siga o link:

"O autismo é uma perturbação da relação e da comunicação"

Na TVI24, no dia 6 de novembro, Susana Silva, presidente da Associação Vencer Autismo, uma das organizadoras do Congresso Internacional sobre o Autismo, explicou quais as vantagens da abordagem  biomédica no tratamento desta perturbação.

Para visualizar a sua intervenção seguir o seguinte link:
http://www.tvi24.iol.pt/videos/o-autismo-e-uma-perturbacao-da-relacao-e-da-comunicacao/563c72be0cf2f4cfb5ee7297/1


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa (EVLGP)

  • A Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa (EVLGP) é um Projecto/Iniciativa da Associação de Surdos do Porto em parceria com a Escola Superior de Educação de Coimbra, viabilizado pelo Prémio BPI/Capacitar 2013 e cujo objectivo geral passa por disponibilizar - através de uma plataforma de ensino a distância - oferta formativa em LGP com diferentes níveis de aprendizagem e aprofundamento e aberta a toda a comunidade.
  • Todos os utilizadores interessados em fazer a formação na EV LGP terão de previamente se registar na plataforma. Apenas após o registo e posterior autenticação dos utilizadores, o sistema dará acesso aos conteúdos. O Registo na EV LGP é gratuito.

  • Para aceder à EVLGP seguir o link: http://www.lgpescolavirtual.pt/index.php?module=faq
Home page da Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa (EVLGP)

2 livros grátis para ensinar português para alunos surdos

Ensinar uma língua escrita para quem desconhece a oralidade é um desafio para todos os professores com alunos surdos em suas turmas. As principais dificuldades não decorrem da surdez em si, mas da falta de conhecimento da Língua Portuguesa falada.
O contato com a língua portuguesa, na maioria das vezes, é tardio, porque normalmente os pais são ouvintes. A criança surda tem inicialmente o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras), totalmente diferente da língua utilizada pela sociedade ouvinte, o que atrapalha a comunicação em geral. Quem procura uma profissão ou busca o sucesso na carreira, sabe que é essencial o aprendizado de uma segunda língua. Para as pessoas com deficiência auditiva essa atitude significa a busca pela melhora do convívio social.
É necessário criar meios para ensinar o português às pessoas com deficiência auditiva, pois trata-se da língua oficial, embora seja uma segunda língua para eles, o que exige um processo formal de aprendizagem. Mas primeiro, é preciso estudar um plano de ensino e qualificar os professores, para que estes sejam capazes de atender os alunos.
Vale lembrar que, mesmo que não alcancem os mesmos resultados obtidos pelos alunos ouvintes, os estudantes com deficiência auditiva precisam participar de todas as aulas. Se o aluno surdo ainda não for capaz de escrever um texto, faça com que ele contribua para as atividades escrevendo listas ou frases sobre o tema abordado. Produções coletivas ou em pequenos grupos também ajudam o aluno a se expressar melhor pela escrita. O importante é que ele sempre conte com o apoio visual da escrita. O professor deve registrar todas as atividades e utilizar recursos diferenciados, como letras móveis ou cores diferentes para designar elementos distintos de uma frase, por exemplo. Fazer com que o aluno surdo sente-se nas carteiras da frente é outra medida essencial, assim como  atuar em conjunto com o Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Para ajudá-lo a incluir os estudantes com deficiência auditiva, o MEC disponibiliza 2 livros grátis para ensinar português para alunos surdos. São eles:
Os livros contém um conjunto de propostas de atividades para ensinar língua portuguesa escrita para alunos surdos, desde a alfabetização até os anos iniciais do ensino fundamental. Auxilia o professor no desenvolvimento de práticas educacionais na sala de aula comum e no atendimento educacional especializado.
Fonte:

EKUI - material lúdico/didáctico inclusivo



A marca EKUI – Equidade | Knowledge | Universalidade | Inclusão (www.ekui.pt) – representa uma linha de material lúdico/didáctico inclusivo, com uma linguagem universal e acessível a TODA a população (com Leitura em Braille, Língua Gestual Portuguesa – LGP e Alfabeto Fonético). Foi criada por Celmira Macedo e desenvolvida pela Associação Leque (www.leque.pt).
O EKUI garante a equidade no acesso a bens e serviços de Educação e Reabilitação, nas áreas da Comunicação Acessível, Aprendizagem, Literacia/Alfabetização e na Componente Lúdica.
O EKUI CARDS é constituido por 26 cartas do alfabeto e inclui elementos como o Grafema da Letra e a Letra Manuscrita, a Letra em Braille Táctil e Braille Visual, a Letra em Dactilologia (Alfabeto da Língua Gestual Portuguesa) e o Alfabeto Fonético.


Para conhecer melhor este produto seguir o seguinte link: http://ekui.pt/web/

Educação Especial n' "A Tarde é Sua"

N' "A Tarde é Sua", programa da TVI, foi abordada a Educação Especial e contou com a presença do Dr. David Rodrigues, presidente da Pró Inclusão, e do Dr. José Gonçalves, da CONFAP.

Intervenção a assistir no seguinte link:
http://www.tvi.iol.pt/programa/a-tarde-e-sua/53c6b3883004dc006243ce59/videos/--/ates--videos//video/562e879a0cf2f4cfb5ee37d8



Rua Sésamo mais inclusiva

Julia é a primeira personagem autista da Rua Sésamo

Série criou pela primeira vez um personagem autista. Objectivo é sensibilizar a sociedade e ajudar crianças e pais
Texto de P3 • 22/10/2015 - 16:34

Tem o cabelo laranja, olhos verdes, é autista e chama-se Julia. A nova personagem da Rua Sésamo vai ter um papel de destaque na série e quer mostrar às crianças "o que todas têm em comum e não as suas diferenças”. A iniciativa Sesame Street and Autism: See All in Amazing Children alerta para o autismo entre os mais novos e quer ser uma ajuda para pacientes e família.

Desenvolvido pela Sesame Workshop, o programa educacional, feito em parceria com 14 instituições, está disponível através do computador ou de uma aplicação descarregada para o "smartphone". Há livros de histórias, vídeos e vários recursos audiovisuais para ajudar as famílias e as crianças em rotinas diárias.

A opção pelo mundo digital tem uma explicação: “A maioria dos familiares dos jovens com este tipo de deficiências gravita em conteúdos digitais, daí ter-se criado a Julia digitalmente”, disse à revista People, Sherrie Westin, vice-presidente executiva dos impactos globais e filantropia.

As crianças com autismo "têm cinco vezes mais probabilidades de serem vítimas de 'bullying'", disse à mesma fonte a vice-presidente da Sesame Workshop, Jeanette Betancourt, sublinhando que, como as outras, as "crianças com autismo partilham a alegria pelas brincadeiras, por terem amigos e fazerem parte de um grupo".

Através da etiqueta #SeeAmazing, a Rua Sésamo está a incentivar os utilizadores a partilharem histórias, vídeos e fotografias que abordem este tema.